Luiz Henrique Gurgel
Um banco em que se pode fazer consultas e tirar o quanto quiser a qualquer hora. A diferença é que o capital que ele guarda está na forma de dezenas de oficinas pedagógicas para crianças, adolescentes e jovens, disponibilizadas gratuitamente. O Banco de Oficinas de Educação Integral, um projeto da Fundação Itaú Social e do Cenpec, existe há três anos. A proposta é subsidiar professores e educadores sociais, dedicados a atividades socioeducativas em ONGs e escolas de tempo ampliado.
Todo o acervo do banco é formado por oficinas produzidas pelo Cenpec. Parte delas foi desenvolvida por educadores que participaram do Prêmio Itaú-Unicef e que chegaram às semifinais daquele projeto. Elas abordam sete campos: Arte e Cultura; Circulação pela cidade; Esporte; Jogos e Brincadeiras; Leitura e Escrita, Saúde e Educação Ambiental e Tecnologias Educacionais. Todas foram planejadas para atividades com uma hora e meia de duração cada, podendo haver oficinas que necessitem de dois ou três encontros, dependendo da natureza do assunto e do público envolvido. “Todas estimulam a integração com as disciplinas acadêmicas e entre os diferentes profissionais e instituições envolvidas na experiência de educação integral, como professores, educadores sociais, escolas e ONGs”, explica Alexandre Isaac, coordenador do Núcleo de Educação Integral do Cenpec.
Para a pedagoga Maria José Rubinato, a Zezé, que trabalha com os projetos do Cenpec desde 1993 e, atualmente, é responsável pelo conteúdo do Banco de Oficinas, a ideia de juntar todas essas propostas foi a de “passear pelos diferentes projetos [do Cenpec], revisitando e atualizando boas oficinas”. Ela também explica que as oficinas não estão “coladas” nas experiências que as produziram, mas inspiradas nelas, “pois cada uma tem proposta e formatação própria”.
O acesso é feito pela página do projeto Educação e Participação (clique aqui para entrar diretamente: http://educacaoeparticipacao.org.br/index.php?/Biblioteca/ ). Nessa página, clique na seção “Oficinas – Educação Integral” para obter a lista com todas as propostas de trabalho, trazendo explicações e sugestões de como realizá-las.
Que importância têm as oficinas?
Ainda segundo Zezé Reginato, as oficinas possibilitam ao professor ou ao educador trabalhar com temas contemporâneos, de forma livre e com tempo mais reduzido, pois elas são diferentes das aulas regulares. Reginato elenca os aspectos mais importantes propiciados pelas oficinas: “Elas permitem aos estudantes a circulação pelo território e o desenvolvimento de um olhar ampliado e crítico sobre ele; também permitem o contato com diferentes grupos, discursos e linguagens que ampliam o nível de letramento e o repertório cultural; ainda trazem a proposição de ações de intervenção artística ou esportiva na comunidade, além de propor o exercício de reflexões sobre a própria vida, sobre os valores de convivência, solidariedade e respeito à diversidade. Por fim, permitem a discussão de questões ligadas ao desenvolvimento sustentável do Brasil e do mundo e o uso de recursos tecnológicos como a internet, edição de fotos, vídeos e blogs”.
Alexandre Isaac reforça os argumentos de Reginato destacando o fato que as oficinas ajudam os educadores no trabalho de ampliar o repertório cultural de crianças. “Isso é condição de garantia de direitos, proteção e inclusão social. Entendemos como educação integral, aquela que considera o sujeito em sua condição multidimensional: física, cognitiva, intelectual, afetiva, social e ética e, portanto, inserido num contexto de relações.”
As oficinas também estão sendo apresentadas a secretarias de educação de todo o Brasil como proposta para incrementar as ações de educação integral realizadas em Estados e municípios.
Fonte: Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futurro
As oficinas também estão sendo apresentadas a secretarias de educação de todo o Brasil como proposta para incrementar as ações de educação integral realizadas em Estados e municípios.
Fonte: Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futurro
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